Diário
da Separação
Rita Santana
Ele
vai e volta!
Cada
vez mais perdulário dos meus perdões.
Cada
vez mais disposto a cobrir de velários
Meus
velórios matutinos.
Ele
chega menino e se vai vilão,
Zorro
assombrando minhas carnes.
Mostra-se
quase factível de mudanças,
Mostra-se
quase afeito aos meus caprichos de fêmea.
Inferniza
minhas ínguas, lambe minha pelve:
– Perverso!
Deposita
escarros nos vasos da minha Casa.
E
vai-se, Tarzan depois da gripe.
Enredado
em seus cipós,
Distante
do chão-pergaminho
Das
minhas Vertentes.
Poema do livro Alfrorrias, ainda inédito. Pubicado em 2010 na coletânea Encontro com o Escritor.
Foto: Rita Santana/Chapada Diamantina.
Maravilhoso! Jogo de palavras personagens. Não conhecia o blog, fui chegando através de outros, vou seguir com muito prazer querida. Parabéns!
ResponderExcluirQue tenhas uma linda noite!
Seja bem-vinda, Marisete! Obrigada pelas palavras que dão ânimo ao fazer literatura, tarefa tão solitária! Estaremos juntas no balanço das nossas barcaças. Um beijo grato!
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