segunda-feira, 4 de abril de 2011






Desejo
Rita Santana


Quisera polir
Na pele
A palavra exata - a maldita!
Extrair o cerne
Da sedução
E seduzir.

Meu verso naufraga
Comigo
No grito das bastarias.
Meu verso
Flagra o naufrágio
Do artesão
E vira luz

(Ou lama).




6 comentários:

  1. Me seduz a flor de sua pele,e vira prisma,
    quando acha que lama na verdade é aquela argila
    que os artesãos transformam em estátuas de santos,lampiões,sertanejos, lavanderias e rendeiras.

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  2. Essa lama-barro-comentário é pura luz, Solivan! Quanto brilho! Beijos! Estou contente por demais com suas palavras de Poeta iluminado. Muita luz, querido! Muita luz!

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  3. me pinta o barro
    a lama feita de
    verso e rima
    a cor morena
    me encanta
    se vira luz aqui
    me seduz...

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  4. Valeu, Leila! Solivan e você estão bordando outro poema. Inesperada reação poética. A noite de trabalho tornou-se mais iluminada. Obrigada pelo presente. beijos!

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  5. ah, não vou dizer que gostei, que não sou besta, Rita.
    seu desejo, assim, em fundo preto, desperta meu desejo de lascar logo um Ctrl + Print Screen e surrupiar tudo, já prontinho pra postar no meu blog.
    dizer que eu plagiei, ninguém haverá de - muito menos eu!

    bjs

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  6. Wilden, adorável! O que posso desejar mais? Esse poema é tão velho; resgatá-lo no blog é uma forma de que ele sobreviva, de que ele encontre existência. E eu também! Às vezes morro um pouquinho demais. Um grande e grato abraço!

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