Crepúsculo
das Vertigens
Rita Santana
Ante o teu olhar de céu marítimo,
Cedo oferendas ao teu cinismo-seco.
Crepusculo raízes de verdades verdes,
E, ainda assim, quero-te meu!
Apaixonado e obscuro-louco,
Encantador das minhas servas serpentes.
Mente quem olha em silêncio
Tua brandura!
És ofertado a escândalos de botequins.
Tens no nome um Império de mangues,
E no meu lodo escavas pepitas,
Pratarias de negra apanhada
Em arrecifes de ciúmes.
Vingo-me perante o ópio epiderme de teus olhos
E morro a cada romper de casco sobre pedras.
Poema do livro Alforrias (ainda inédito) /Publicado na antologia Encontro com o Escritor/2010/Fotos: Rita Santana
é vertiginosa a entrega de quem olha e reconhece o precipício, o início de todas as quedas e todos os voos.
ResponderExcluirpoema belo belo!
beijos
É esse precipício das palavras em que você é moradora constante, Andrea. Beijos, Poeta. Bom ter você por perto.
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