Gláucia Lemos
O SONETO DOS IRREDIMIDOS
Guardarás a palavra, e da palavra
o segredo q nunca te direi
saber. Como em nós próprios se guardava
o mal q me causaste e eu te causei.
Fui teus olhos, tuas mãos, e a própria clava
fui, na tua luta. Escravo foste, e rei
no meu destino. Me amaste o q restava
do pouco q eu quis ser, mas ser não sei.
Fica de nós, legado de dois loucos,
dos q se amaram como se amam poucos,
dos q tudo se deram, sem ter nada.
A nós, por pena, cabe uma alma exangue,
sentirás chagas no teu ombro em sangue,
da cruz q no meu ombro é carregada. (publicado na Revista da ALB nº 50.)
Admirando com atenção
ResponderExcluirsuas postagens
com as poetas.
Que bom, Herculano! Obrigada pela palavra e pelo olhar! As Barcaças estão abertas pra você. Beijos!
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