Andorinha
Rita Santana
As andorinhas existem!
Saíram das páginas do livro
E resolveram viver
Nas alvenarias
Do invisível.
Mas a tua ausência dentro de mim é puríssima dor.
Não há voo que dissipe minha esperança.
Nem vento, nem rosa, nem crença
Que suavize a melancolia parasita nos ossos.
Alheios desejos nos levaram
Para ilhas opostas:
Tu foste para Creta.
Eu, para o Crato.
E do anonimato dos dias
Tenho feito poesia secreta
E prosadura.
Coletânea Encontro com o Escritor/Secretaria de Cultura Fundação Pedro Calmon, pág. 210/ Poema do livro Alforrias (ainda inédito).
Foto: Rita Santana
Foto: Rita Santana
Roubei teu verso prá impressionar uma moça que gosta de andorinhas. Venho aqui pedir perdão. E a permissão atrasada. Beijo. Moisés.
ResponderExcluirQuanta honra, Moisés! Espero que eles não assustem a moça com a minha bizarrice. Obrigada pela homenagem e desejo sucesso nos seus propósitos. Se a moça gosta de andorinhas, deve ser muito especial.
ResponderExcluirNa verdade a moça veio e já foi, como uma andorinha. Embora belíssima na foto, era mais uma paixão ordinária de internet, rsrs... Mas esse teu poema cala fundo na gente. 'Alvenarias do invisível' e 'tua ausência dentro de mim é puríssima dor' são versos que invejo e que gostaria de ter cometido. Mas nem sou poeta. Receba o aplauso sincero de seu fã. Moisés.
ResponderExcluirOlá, Rita boa noite!
ResponderExcluirAmei seu blog e já estou seguindo,siga também o meu..
Desejo felicidades, sucesso e paz. Beijos
Selia