Torpezas
Rita Santana
Mas não o digas
Desta forma torpe, asmática.
Assim fragmentado de ânsias.
Antes, sossega teu silêncio sobre
O meu crime de morte
E alinhava tua sorte
Na ausência de mim que permanece.
Mas não o digas
Tão assim sem normas, ritos.
Antes, alinhava os labirintos, as hordas.
Tece a gramática do corpo,
Sê meu consorte, meu cônjuge.
Vê o envelhecimento do verbo,
E apenas cala consolo em meu colo.
Mas não o digas
Quando já atravessas a rua.
Não exponhas meus rubores do nariz
Aos invejosos da esquina.
Deixa em paz a mim
Deixa em paz os passarinhos.
Deixa em paz Mário Quintana
Que dorme no meu jardim.
Foto: Julieta Lopes/Abricó de Macaco
http://palavraleve.blogspot.com/2009/03/abrico-de-macaco.html
Que inveja boa de Ester!!!!!
ResponderExcluirQue maravilha ser e ter uma irmã como Rita Santana!
beijos...rsrsrs
Sorte, Andréa? Sorte é ter uma irmã como Ester e amigas indeléveis como você, apesar da distância, da não comunicação, dos erros. Beijos, minha querida amiga.
ResponderExcluirSeu poema "Quintanar" é um presente maravilhoso! Obrigada sempre. Ester
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